O músico Edson Café, ex-integrante do grupo Raça Negra , morreu aos 69 anos no último domingo (1º), em São Paulo. O artista foi encontrado desacordado na zona leste da capital e levado para atendimento médico. A Polícia Civil investiga o caso como morte suspeita, conforme informou nesta quinta-feira (5).
O caso foi revelado pelo SBT News e confirmado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ao Portal iG. Segundo a nota oficial, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal(IML) e liberado após exames de identificação.
” O caso foi registrado como morte suspeita pelo 52º Distrito Policial (Parque São Jorge). O homem, de 69 anos, foi encontrado desacordado em via pública no dia 31 de maio e levado ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde faleceu. O corpo foi encaminhado ao IML Leste e identificado após exames periciais, sendo liberado aos familiares. A Polícia Civil investiga as circunstâncias dos fatos “, afirma a nota.
Café estava em uma Unidade de Pronto Atendimento(UPA) no Carrão, mas precisou ser transferido para o Hospital Municipal do Tatuapé por causa da gravidade do quadro. O músico não resistiu e morreu após três dias internado.
Carreira interrompida após derrame
Edson Café fez parte da formação original do Raça Negra, grupo responsável por sucessos do samba e pagode nos anos 1990. A carreira foi interrompida após um Acidente Vascular Cerebral(AVC), que comprometeu os movimentos do lado esquerdo do corpo.
Depois do derrame, o percussionista enfrentou uma longa batalha contra a dependência química. Nos últimos 30 anos, passou por mais de 12 internações em clínicas de reabilitação e chegou a viver em situação de rua em São Paulo.
Mesmo afastado dos palcos, Café seguia lembrado com carinho pelos fãs da banda.
Até o momento, a família e os ex-colegas do Raça Negra não divulgaram nota oficial. Também não há informações sobre velório ou sepultamento. A investigação segue em andamento no 52º Distrito Policial, no Parque São Jorge.