Motorista tentou atropelar Delegado-Geral antes de ter pneus do carro alvejados, diz nota da PC 

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Nota emitida pela assessoria de imprensa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, sobre confusão ocorrida na noite desta quarta-feira (16), envolvendo uma motorista de 24 anos e o Delegado-Geral Adriano Garcia Geraldo, aponta que a jovem expos em risco condutores da via, pessoas que caminhavam nas imediações e que ela tentou atropelar o agente por duas vezes. A nota ainda afirma que toda essa ação teria sido filmada pela própria motorista, através de uma câmera Go Pro acoplada no carro.

 

Leia a nota na íntegra

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul vem a público se manifestar acerca de abordagem realizada pelo Delegado-Geral da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo.

 

Conforme identificado o Delegado-Geral transitava conduzindo um veículo oficial pela avenida Mato Grosso, quando teve sua trajetória interceptada algumas vezes pelo veículo Renault Kwid expondo a grande risco os demais condutores da via e os transeuntes que caminhavam nas imediações.

 

Imediatamente Adriano Garcia Geraldo, que ainda conduzia a viatura, se identificou como policial por meio de sinais luminosos intermitentes e sonoros da viatura, determinando ao outro condutor que parasse, contudo, o outro condutor não obedeceu valendo-se de manobras evasivas e perigosas e continuou seu trajeto, na tentativa de evadir-se (o que configura Desobediência – Art. 330 – pena prevista de 15 dias até 6 meses de detenção e multa – e Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente – Art. 132: Pena – detenção, de três meses a um ano, do Código Penal).

 

O Delegado-Geral conseguiu realizar uma manobra de forma a impedir que o veículo continuasse a transitar (obstruindo sua trajetória), momento em que desembarcou da viatura e em abordagem padrão, saindo do veículo e colocando-se próximo à porta do automóvel em que estava a condutora, novamente se identificando como policial civil, determinou que a mesma desembarcasse do veículo.

 

Não obedecendo a ordem, a condutora efetuou novas manobras no intuito de atingir o Delegado-Geral e evadir-se, vendo-se este obrigado a, utilizando-se dos meios proporcionais à agressão sofrida, realizar dois disparos contra os pneus do veículo, de forma a evitar um possível atropelamento.

 

A condutora continuou a fuga e mais à frente, novamente o Delegado alcançou-a determinando que parasse, contudo, tal comando novamente não foi obedecido e então foi efetuado o terceiro disparo no pneu dianteiro direito do veículo.

 

Mesmo com três pneus atingidos a condutora ainda acessou a via, realizando um retorno em sentindo contrário, subindo, desta feita, o canteiro central da Av. Mato Grosso, tentando se desvencilhar da abordagem, e somente parou próximo a uma escola de inglês, após ser novamente interceptada pelo policial.

 

Foi acionado reforço pelo Delegado e mesmo com a presença de outros policiais civis e militares a condutora recusou-se a sair do veículo, o que somente veio a fazer após um longo período (mais de 30 minutos).

 

Toda a ação teria sido filmada por uma câmera do tipo “GoPro” que estava no interior do veículo Renault Kwid, com a parte da frente do citado equipamento voltada para a via pública, o que teria proporcionado tal registro.

 

Foi testemunhado por um Policial Militar que a condutora de referido automóvel teria tentado engolir um chip que estava no interior de citado equipamento de filmagem.

 

Questionada sobre a atitude, a condutora do veículo Renault Kwid inicialmente negou a referida ação, posteriormente, contudo, entregando, já na Delegacia de Polícia, um chip a seu advogado, o qual foi entregue à Autoridade Policial Plantonista para realização de perícia.

 

A ocorrência foi apresentada na DEPAC, onde estão sendo colhidos os depoimentos e adotadas as demais medidas.

 

A Polícia Civil reforça que a ação do Delegado Geral foi tomada em cumprimento ao dever legal de agir de um policial que se depara com situação de clara afronta à Lei, e que colocou em risco, não só a vida do próprio agente de segurança mencionado, mas também dos outros condutores e pedestres que estavam no local da ocorrência. A reação adotada pelo agente público (disparos efetuados em direção ao pneu do veículo) foi proporcional e necessária frente a agressão sofrida, sendo único meio eficaz, naquele momento, a fazer cessar a ação contrária à Lei.