O bebê de cinco meses que foi resgatado pela polícia ontem (24), em Ponta Porã, havia sido sequestrado pela própria avó. Segundo a polícia, a mulher de 44 anos queria extorquir o filho em R$ 59 mil.
Estiveram envolvidos na operação investigadores da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (Garras) e da Regional de Ponta Porã.
Conforme registro feito na tarde de quarta-feira (23), na 1ª DP da cidade, o pai da criança teria recebido uma mensagem a partir de um número de telefone do Paraguai, com uma foto do filho e a seguinte frase: “opa vamos negociar, eu tenho o que você precisa e você tem o que eu preciso”.
Logo em seguida, o homem teria feito uma ligação para o número onde a mãe (que também teria sido sequestrada) foi colocada para falar e provar a autenticidade do sequestro.
De imediato, o pai da criança foi até a residência da mãe para averiguar o que estava acontecendo e não encontrou ninguém. No mesmo momento ele recebeu uma mensagem que pedia a quantia de R$ 59 mil e que não era para envolver a polícia.
Policiais do Garras foram acionados no início da noite ainda de quarta-feira, pela Delegacia de Ponta Porã, e com base nas informações colhidas conseguiram identificar a autora e montaram uma vigilância para o pagamento.
No momento e local marcado para o pagamento do resgate, os policiais civis abordaram o táxi onde a avó da criança estava e foram comunicados pelo taxista que uma criança havia sido deixada em uma loja no centro da cidade.
A mulher teria simulado o sequestro na tentativa de extorquir o próprio filho. No local, os policiais localizaram a criança com a nora da suspeita, que relatou não saber do sequestro e que sua sogra tinha pedido que cuidasse da criança enquanto ia realizar um pagamento.
Dois celulares da autora, inclusive o que foi comprado para simular o sequestro, foram localizados dentro do veículo e apreendidos.
Os policiais seguem em diligências visando identificar outros integrantes da quadrilha. A avó da criança será indiciada pelo crime de extorsão mediante sequestro, cuja pena é de 8 a 15 anos de prisão.
Garras
A Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro – Garras possui em seus quadros policiais civis treinados e preparados para situações como esta, capacitados pela Divisão Antissequestro da Polícia Civil de São Paulo, que é referência nesse tipo de ocorrência.