A Polícia Federal deflagrou a terceira fase da Operação Casa de Ouro em Campo Grande, focada na investigação de conselheiros do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado). A operação tem como alvo um esquema que envolve um imóvel de alto valor, cinco empresas e três compradores diferentes: o registrado oficialmente, o do contrato de gaveta e o verdadeiro proprietário, identificado como um servidor público.
Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em imóveis vinculados a empresários na cidade, incluindo o Edifício Eudes Costa, localizado na Vila Célia. A operação visa combater uma organização criminosa especializada em fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, relacionada a outras operações como a Lama Asfáltica, Mineração e Terceirização de Ouro.
As investigações, decorrentes da apuração de contratações indevidas por licitações fraudulentas, envolvem a análise de documentos obtidos em operações anteriores e dados de quebras de sigilo bancário, fiscal e de comunicação. Esses dados revelaram mecanismos utilizados para dissimular a destinação dos recursos desviados, incluindo transações bancárias e documentos que evidenciam vínculos entre os beneficiários dos recursos e responsáveis pelo desvio.
Na operação participaram 5 Auditores-Fiscais e 5 Analistas Tributários da Receita Federal, 28 policiais federais, dois Procuradores da República e dois servidores da CGU. O objetivo é confirmar transações imobiliárias ocultas e movimentações financeiras envolvendo terceiros, em busca de evidências de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.