Com movimentação superior a R$ 1 bilhão em transações simuladas, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudes fiscais e lavagem de dinheiro. A ação ocorreu nesta quarta-feira (30), durante a Operação “Colheita Fantasma”, coordenada pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), com apoio da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ/MS) e da Receita Federal em Campo Grande.
As investigações apontam que o grupo emitia notas fiscais eletrônicas falsas para simular vendas interestaduais de grãos que nunca foram entregues. O objetivo era gerar créditos tributários fraudulentos, provocando um prejuízo superior a R$ 100 milhões aos cofres públicos, além de impactos relevantes sobre tributos federais.
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Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na capital e um no município de Ivinhema, com apoio do Setor de Investigações Gerais (SIG) da delegacia local. Um mandado de prisão temporária foi cumprido contra o principal suspeito de liderar o esquema. A Justiça também autorizou o sequestro de bens e o bloqueio de contas bancárias no total de R$ 20 milhões.
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Foram apreendidos documentos fiscais, dispositivos eletrônicos, contratos e registros financeiros. Os alvos incluíam residências, escritórios e outros imóveis ligados às empresas envolvidas.
A apuração revelou que o grupo utilizava empresas de fachada em nome de terceiros (laranjas) para simular as negociações. Mesmo após o bloqueio de algumas dessas empresas, os criminosos mantinham o esquema com a abertura de novas pessoas jurídicas.
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A Operação “Colheita Fantasma” integra a 2ª edição da Operação Renorcrim, iniciativa nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), com foco no combate a organizações criminosas em todo o país.
As investigações prosseguem com foco na responsabilização penal, tributária e patrimonial dos envolvidos.