Operação contra meia dúzia de advogados chegou em área nobre, periferia e Defensoria Pública

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Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, através do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), deflagrou, nesta sexta-feira (25), a Operação “Courrier”, para cumprimento de 38 mandados judiciais nas cidades de Campo Grande, Dourados, Jardim e Jaraguari, dos quais são alvos seis advogados, um servidor do Poder Judiciário, um servidor da Defensoria Pública, um policial penal, entre outros.

As investigações do GAECO apontaram a formação do núcleo “Sintonia dos Gravatas”, célula do Primeiro Comando da Capital (PCC), na qual advogados valem-se, criminosamente, de suas prerrogativas constitucionais para transmitirem recados de faccionados presos a outros membros da organização criminosa, inclusive referentes a planejamento de atentados contra a vida de agentes públicos, dentre os quais, um Promotor do GAECO/MS e um Juiz de Direito da Capital.

A operação foi deflagrada com o apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), do Batalhão de Choque, do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e da Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário).

 

Operação

Cerca de 20 equipes de agentes da segurança pública, compostas por mais de cem policiais, participaram da operação, na qual estiveram, em diversos endereços nobres e também na região da periferia de Campo Grande, e em mais três cidades do interior, na manhã desta sexta-feira (25).

Segundo informado ao Manchete Popular, os alvos dos mandados de busca e apreensão seriam advogados, advogadas e mulheres que teriam relacionamentos com criminosos.

Em Campo Grande, a Operação contra os seis advogados chegou em área nobre e periferia: Condomínio Acqua Verano, na Avenida Rachid Neder, Bairro São Francisco, em um coworking (escritório compartilhado), localizado na Avenida Afonso Pena, entre a Rui Barbosa e a Pedro Celestino, em uma residência na rua Sebastião Lima, no Bairro Monte Líbano e no bairro Guanandi, periferia da Capital. Além disso, o prédio da Defensoria Pública também foi alvo da ação policial.

 

Nota da Defensoria Pública

A Defensoria Pública de MS comunica que a investigação não se refere a nenhuma defensora e nem defensor público.

A Defensoria informa, ainda, que acompanha o caso que cita o servidor, aguarda por mais informações a respeito da operação e está à disposição para colaborar com as instituições que realizam a investigação no que for necessário.