Pantanal Film Festival dentro do Campão Cultural inicia exibições de filmes regionais e nacionais

0
Pantanal Film Festival dentro do Campão Cultural inicia exibições de filmes regionais e nacionais

Começou na noite desta segunda-feira (24), no Museu da Imagem e do Som de MS, o Pantanal Film Festival, que integra a programação do Festival Campão Cultural 2025. O evento, organizado pela Pantanal Film Commission, acontecerá até 05 de abril, com exibições diárias de filmes que destacam a diversidade e a riqueza da produção audiovisual nacional e internacional.

Para Ana Ostapenko, coordenadora da Pantanal Film Commission, é um momento muito importante para o audiovisual de Mato Grosso do Sul. “Nós temos 40 filmes em exibição até o dia 5 de abril, mais uma palestra muito legal que mistura literatura e cinema e uma oficina de audiovisual vinda diretamente de Dourados. O Pantanal Film Festival já fem com sua primeira edição com um bom conteúdo e a gente espera que o ano que vem seja maior, seja muito mais vasto e que a gente consiga levar para as comunidades também as exibições de filmes”.

Pantanal Film Festival dentro do Campão Cultural inicia exibições de filmes regionais e nacionais

Clayton de Souza Santos, estagiário da Film Commission e produtor da Pantanal Film Festival, explicou como foi feita a curadoria para o festival. “A gente leu sobre esses 40 filmes, foram selecionados por dois editais, e a gente tentou criar uma programação em que os filmes dialogassem entre si e de que cada dia tivesse um assunto a ser discutido. Se a gente for resumir o que seriam esses 40 filmes, seria um mergulho nos aspectos e nos espectros do audiovisual do estado de uma maneira geral, porque 90% dos filmes selecionados são do estado e 10% nacionais. Eles são bem diversos, variam de temáticas, de formas, de linguagens e também de diferentes tipos de enfrentamento com a vida”.

Nesta primeira sessão, foram exibidos os filmes “As Marias”, documentário de Danon Lacerda; “A medalha do meu avô”, documentário de Renan Braga e “Flores de Bálsamo”, documentário de Lucas Miyahira.

Carol Doria, assistente de direção do filme “As Marias”, explica que o filme fala sobre as primeiras trigêmeas catalogadas do estado de Mato Grosso do Sul e são parentes do diretor. “Ele sempre teve a ideia de retratar a história dessas trigêmeas, que é uma história muito interessante a história de vida delas, que são essas mulheres que moram em Guia Lopes da Laguna. Eu vejo que tem muito filme bom feito aqui e acho muito legal ter espaço para os filmes serem exibidos. Achei incrível, tomara que seja sempre assim e que sempre tenham filmes novos daqui para mostrar”.

Renan Braga, diretor do documentário “A medalha do meu avô”, explica que o seu filme mescla um pouco de ficção. É um filme que eu fiz com a minha família, quem atua são meu avô e a minha filha. A minha esposa me ajudou no roteiro e produziu também, além de fazer o som direto. A história é um relato do meu avô de uma história que aconteceu em 1965 e eu ouço desde sempre esta história mas foi há pouco tempo atrás que eu busquei os dados dessa história e descobri que não somente tudo era verdade como há uma documentação muito farta comprovando tudo. Em 1965 ele era militar, sargento da 4ª calavaria, César Glauco dos Santos Braga, trabalhava no serviço secreto, e ele liderou uma expedição com outros quatro militares que desmembrou uma célula de guerrilha comunista de paraguaios que estavam exilados no Brasil e treinando para fazer uma luta armada no Paraguai para derrubar a ditadura de Alfredo Strossner. É um prazer muito grande estrear este filme na minha cidade, a minha família está vindo assistir, isso para mim é muito importante. Eu espero que seja a primeira de muitas edições do Pantanal Film Festival”.

Lucas Miyahira, diretor do documentário “Flores de Bálsamo”, agradeceu à organização do Pantanal Film Festival. “É mais que uma vitrine para as nossas produções regionais, mas é também um espaço de diálogo, de troca de ideias. Flores de Bálsamo nasceu do meu desejo de registrar algumas memórias familiares que eu notei que estavam desaparecendo, eram histórias que eu ouvia dos meus avós, seu Tetsuzó Yonamine e a senhora Paula Yonamine, filhos de imigrantes okinawanos, e ele foi realizado no âmbito de um curso de documentário, ele é produto da segunda edição do curso MS em Imagens e Sons e é produzido por três jovens estudantes entusiastas do audiovisual que tinham o desejo de registrar essas memórias”.

Para Ara Martins, do Colegiado do Audiovisual de Mato Grosso do Sul, a noite foi muito importante para os realizadores do audiovisual. “É muito importante ver a casa cheia porque é uma batalha nossa para que a gente consiga espaço para mostrar os nossos filmes, mas também poder assistir as nossas histórias. Esses eventos são únicos, essas histórias que nós assistimos hoje não podemos assistir em nenhum outro lugar do Brasil porque elas são nossas, isso é muito importante para poder valorizar a nossa identidade, a nossa cultura”.

Texto: Karina Lima

Fotos: Daniel Reino

Fonte: www.fundacaodecultura.ms.gov.br

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui