Polícia Civil desvenda atuação de facção criminosa em homicídio ocorrido em Coxim

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Polícia Civil desvenda atuação de facção criminosa em homicídio ocorrido em Coxim

 

Na noite do último sábado (26), a Polícia Civil foi informada sobre um homicídio ocorrido na cidade de Coxim, que vitimou E.C.S. (40), atingida por disparo de arma de fogo.

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Considerando o contexto apresentado, histórico da vítima e a forma de execução do crime, já se trabalhava com a hipótese de execução entre membros de facções rivais. Em diligências preliminares e acionamento da perícia técnica, verificou-se no local a existência de munições calibre 9mm, semelhantes aquelas encontradas em outras execuções recentes.

E.C.S. já havia sido vítima de tentativa de homicídio em 6 de janeiro, quando, na mesma rua, dois indivíduos em uma moto efetuaram disparos de arma de fogo contra ele e M.V.G., sendo este executado recentemente, no dia 1º de junho, com mesmo modus operandi e em local próximo.

Diante de diligências e através de ações de inteligência em ação conjunta com a Polícia Militar, foi possível descortinar a residência onde integrantes da organização responsável pela morte estavam baseados e planejaram a ação. Quatro pessoas foram presas pela participação na morte e pelo crime de integrar organização criminosa.

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Restava, ainda, a identificação e a prisão dos dois executores, que teriam vindo da cidade de Rio Verde de MT com a atribuição dada pela facção para executar a vítima.

Com a localização da motocicleta usada no crime, todos os esforços foram concentrados para a captura da dupla, sendo finalmente encontrados naquela cidade e conduzidos para a Delegacia de Polícia de Coxim, onde foi lavrado o auto de prisão em face de todos os integrantes da organização criminosa.

Confrontando os depoimentos colhidos em sede policial, constatou-se verdadeira estrutura criminosa, cujas condutas se inserem em um contexto mais amplo de atuação coordenada por facção criminosa em âmbito regional e estrutura organizada.

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O modus operandi, com emprego de arm as de fogo, divisão de tarefas, uso de veículos e posterior ocultação de provas, revelava-se típico de grupos criminosos organizados com estrutura hierárquica, divisão funcional e objetivo comum de domínio territorial e eliminação de rivais. Ademais, há elementos de informação indicando que os investigados atuam de forma estável e permanente, vide a execução sumária de indivíduos ocorrida nos últimos anos e expostas em inúmeros registros de ocorrência.

Dos envolvidos

Diante de todo contexto probatório colhido, todos os elementos levavam a convicção de que os autuados integram organização criminosa, cada qual com uma atribuição específica no crime praticado.

R.N.V. (21), figurando como “geral da cidade de Coxim” da organização criminosa, é responsável pela residência onde o grupo coordenava as ações, inclusive com o fornecimento dos instrumentos do crime, como a pistola e motocicleta utilizadas. Ainda, teria verdadeiro poder de ingerência em outros participantes, com poder disciplinar e de julgamento, com prévio conhecimento sobre o crime a ser cometido em face da vítima rival.

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J.H.S.D.F. (21), e F.M.P. (28), teriam sido demandados pela organização criminosa para proceder com execução da vítima, ambos vindos de outra cidade (Rio Verde de MT/MS), o que se mostra como um padrão usado em execuções de rivais.

Contudo, segundo apurado, F.F.M.P., em momento próximo do cometimento do crime, teria, por alguma razão, desistindo da empreitada criminosa, lugar que fora ocupado por V.V.P. (21), integrante da organização criminosa e apadrinhado por J.H.S.

L.C.O. (28), natural do Estado de São Paulo, figuraria como “disciplinar de bairro”, e teria ficado com a função de buscar, resgatar e ocultar a arma de fogo usada no crime, enquanto G.S.C.S. (18) ficou incumbido de recuperar a motocicleta abandonada no posto.

Por fim, cabe dizer que, além dos celulares encontrados em posse dos investigados, também foi possível recuperar o aparelho celular da vítima, que até então, havia desaparecido e certamente contém informações sensíveis sobre o fato criminoso.

O auto de prisão em flagrante foi devidamente comunicado ao Poder Judiciário com a representação pela prisão preventiva de todos os integrantes, mas a investigação subsiste para localizar a arma do crime, identificar líderes da facção e esclarecer outros possíveis homicídios com mesmo padrão de execução.

A atuação integrada da Polícia Civil, Polícia Militar e da Polícia Científica foi fundamental para a rápida elucidação dos crimes, sendo certo que o êxito da ação deve arrefecer as atividades criminosas na região, demonstrando o comprometimento das forças de segurança no combate às organizações criminosas.

Fonte: Policia Civil MS

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