Prisão preventiva decretada para acusados de extorsão se passando por policiais em Dourados

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Acusados de extorsão, falsos policias tem preventivas decretadas em Dourados

Após uma audiência realizada na última quinta-feira (4), a 2ª Vara Criminal de Dourados determinou a conversão do flagrante em prisão preventiva para José Carvalho de Almeida, de 41 anos, e Wagner Renan Marques. Os indivíduos foram detidos em flagrante ao tentarem extorquir um contrabandista de cigarros, fingindo serem policiais.

A prisão dos suspeitos ocorreu na rua das Amoreiras, no Jardim Colibri, após denúncia feita por policiais militares da Força Tática.

Conforme relatado pelo Dourados News, o juiz justificou a medida, citando que as ações da dupla representavam uma grave ameaça à vítima, mediante a exigência de pagamento para suposta proteção policial.

“Nesse contexto, observo que se trata de um suposto crime cometido pelos acusados, envolvendo grave ameaça à pessoa, ao simularem serem policiais e exigirem o pagamento da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), o que demanda uma postura mais rigorosa por parte do Estado-juiz ao considerar a concessão de benefícios como a liberdade provisória”, afirmou o juiz em sua argumentação.

A Justiça também autorizou a realização de perícia e quebra de sigilo dos dados dos dois indiciados. Os aparelhos celulares foram apreendidos durante as investigações.

Wellington chegou a jogar um dos telefones no momento em que seria abordado pelas equipes.

“Defiro a realização de perícia nos celulares apreendidos nos autos, com a quebra de sigilo dos dados de comunicações telefônicas dos indiciados, incluindo ligações, mensagens SMS, aplicativo WhatsApp ou outros similares habilitados no aparelho”, destacou trecho da decisão do magistrado, que também determinou a realização de exames de corpo de delito nos suspeitos após relatos de agressões sofridas.

O caso

Wellington e Wagner foram presos na tarde de quarta-feira em Dourados, sob acusações de extorsão e falsidade ideológica.

Segundo o boletim de ocorrência registrado, Wellington abordou uma pessoa, apresentando-se como policial e exigindo o pagamento de R$ 10.000,00 para evitar a prisão por contrabando de cigarros.

Após a denúncia, policiais civis do SIG iniciaram a investigação do caso e, na tarde de quarta-feira, com o apoio da Força Tática e sob a coordenação de Erasmo Cubas, efetuaram a prisão dos suspeitos no Jardim Colibri.

Ao avistarem as equipes policiais, Wellington arremessou o telefone celular em um terreno baldio.

Na mesma operação, os policiais apreenderam os celulares, dois rastreadores, vestimentas de forças de segurança pública, uma arma de fogo e um veículo VW Gol. Todo o material foi encaminhado para a delegacia para os devidos procedimentos legais.

Fonte: Top Mídia News