Em Nova Andradina, o trabalho de internos da unidade prisional de regime fechado tem garantido a produção de aventais cirúrgicos descartáveis para o Hospital Regional da cidade. A iniciativa acontece por meio de parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e a Secretaria de Saúde do Município.
Os trabalhos tiveram início há três meses, já tendo sido produzidas cerca de 500 peças, entre as quais 250 repassadas na última sexta-feira (28.7) pelo diretor do presídio, Rogério Capote, ao secretário municipal de Saúde, Hernandes Ortiz.
A produção acontece em uma oficina instalada pela Prefeitura de Nova Andradina, por meio de sua Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Integrado, que cedeu as máquinas de costura há cerca de um ano para a produção de uniforme dos presos e manutenções das peças. Já os insumos utilizados na confecção dos aventais cirúrgicos são mantidos pelo Poder Judiciário, com destinação de verbas pela Vara Criminal da comarca.
“Nós fizemos inicialmente esse projeto para atender a demanda da população prisional em termos de qualificação e para a confecção de uniformes, e agora estamos atendendo também a sociedade, devolvendo uma parcela do que eles podem fazer”, destaca o secretário de Saúde do Município.
Segundo Ortiz, os custodiados fazem toda a parte de corte e costura desse material, contribuindo significativamente com a saúde pública na região. “É mais uma economia, ajudando a salvar vidas com todo esse trabalho desenvolvido”, afirma.
Dois reeducandos atuam na produção dos aventais cirúrgicos descartáveis e recebem remição de um dia na pena a cada três de serviços prestados, conforme estabelece a Lei de Execução Penal. Na oficina, outros dois detentos trabalham na confecção de uniformes utilizados pela massa carcerária da unidade e até mesmo de outros estabelecimentos penais.
Para o diretor do Estabelecimento Penal de Nova Andradina, a oficina de costura é mais um meio de ressocialização proporcionado no local, fazendo com que os internos aprendam uma profissão. “É uma parceria que ajuda também a retribuir a população”, finaliza Capote.
A ação é uma das várias frentes da Agepen com a utilização da mão de obra carcerária em prol do benefício direto à sociedade, com vários outros exemplos de confecções de materiais utilizados em hospitais; pães e verduras produzidos em unidades prisionais repassados a instituições sociais, brinquedos doados a escolas infantis etc.
Comunicação Agepen