Três shows belíssimos com nossos artistas regionais foram apresentados no palco da Praça do Rádio na noite desta sexta-feira (28). Subiram ao palco o grupo Vozmecê, com o show Tropicapolca, Renata Sena, com o show Origens e Jerry Espíndola, com o show comemorativo aos seus 60 anos.
Namaria, vocalista e compositora do grupo Vozmecê, o primeiro a subir ao palco, disse que o show Tropicapolca é de um álbum que o grupo lançou no final do ano passado. “Esse álbum buscou uma série de brasilidades como também a sonoridade do nosso estado. A gente promete um show com muita regionalidade e muita coisa brasileira, além disso vamos fazer o lançamento do clipe de uma música antiga nossa chamada ‘Tio Sam’. Hoje é um show majoritariamente autoral, mas às vezes a gente coloca alguma música que combina com a nossa pegada MPB, brasilidade, mas a gente foca 95% no nosso repertório autoral. Para gente é uma grande satisfação participar do Campão Cultural porque a gente está levando uma música regional pra nossa população e dessa forma fazer com que nós e outros artistas tenhamos chance de mostrar nosso material à população, é uma coisa completamente necessária e é uma honra estar participando disso”.
Fattori, vocalista e compositor do grupo Vozmecê, completa: “Hoje vai ser um show voltado ao Tropicapolca com algumas músicas antigas como a ‘Tio Sam’ e com várias participações, uma delas é com o ator Breno Moroni, que vai interpretar o Tio Sam no palco e também vamos ter outras participações como o Projeto Kzulo, Maria Alice, Silveira, Beca Rodrigues, Jimmy Andrews. A gente promete um show com bastante autenticidade musical e com mensagens fortes dentro das músicas. A gente toca brasilidades em geral e também latinidades, vai ter polca rock, vai ter chamamé, vai ter samba reggae, um pouquinho de maracatu também, são múltiplas brasilidades tanto do Brasil litorâneo, quanto do Brasil profundo que é esta fronteira com outros países da América do Sul. É uma grande conquista participar deste Festival, pela segunda vez a gente está tocando. Gente está feliz de poder apresentar novamente nosso trabalho de uma maneira diferenciada nesta nova edição”.
Renata Sena subiu ao palco da Praça do Rádio logo depois do show do grupo Vozmecê. Ela trouxe ao público o show Origens. “Este show Origens é um show preparado com muito carinho porque ele retrata minha história, de onde eu vim, de Portugal, e também de todas as influências espanholas que eu tive a longa da vida. Foi um show que eu comecei ano passado e tenho feito questão de continuar porque sinto que a mensagem não foi concluída. Mais pessoas precisam conhecer, mais pessoas precisam entender mais da cultura e que não deixa de ser uma cultura do Brasil também, de toda a ascendência do povo brasileiro e parte do que eu sou, é a minha verdade. Entre o repertório existem músicas autorias, mas também muitas releituras de músicas portuguesas e espanholas, desde fados a músicas com uma abordagem um pouco mais moderna, mas tudo nessas duas línguas, português de Portugal e espanhol. É uma honra imensa participar do Campão Cultural, quando eu cheguei hoje na passagem de som e vi aquele palco enorme com aqueles telões o meu coração se encheu de alegria, ,de gratidão, o artista independente é um artista que faz tudo por si mesmo, ou seja, abre os próprios caminhos, e quando surge uma oportunidade como essa é algo maravilhoso, não tenho palavras para expressar minha gratidão”.
Logo depois foi a vez de Jerry Espíndola, com o show em comemoração aos seus 60 anos. “Eu vou estar com a minha banda, Sandro Moreno na bateria e na percussão eletrônica; Rodrigo Teixeira no baixo; Gabriel Andrade na guitarra. Hoje estou comemorando oficialmente meus 60 anos e vai participar comigo o Sandim, o Begèt de Lucena e os Bros MCs. No repertório um pouco dos meus quarenta anos de carreira, algumas músicas mais importantes que a galera quer ouvir, como’ Meu Vício’, ‘Colisão’, ‘Minutinho’, vai ter muita coisa boa. Fazer 60 anos é muito legal, é sinal que eu já andei bastante, já consegui chegar até aqui. Agora vamos tentar chegar aos 150. O Campão Cultural é um festival importante para Campo Grande, é o nosso grande festival, a importância é fomentar a cena artística, o festival dá oportunidade de mostrar no palco o que está sendo produzido na cidade, no estado, intercâmbio com artistas de fora, os shows gratuitos, é uma coisa muito bacana pra cidade, espero que tenha todo ano”.
No público, Adilson da Costa Oliveira, funcionário público aposentado, decidiu ver o show porque gosta de eventos presenciais. “É importante aqui na praça porque fizeram toda uma estrutura, não pode ficar abandonado. Eu fiquei sabendo dos shows e já estou me programando para vir no sábado e no domingo também. Aproveitar, Acho importante, a gente não pode perder, arte é importante pra gente. Eu gosto do pessoal do Vozmecê e do Jerry Espíndola”.
Mariana Conceição Schneider, enfermeira, veio assistir ao show do Campão Cultural para prestigiar a irmã, Namaria, que é vocalista do Vozmecê. “O Campão Cultural é uma coisa muito importante para o nosso município, valorizar os cantores da nossa região, é muito importante este tipo de evento para a gente, aqui em Campo Grande a gente tem muita carência desse tipo de evento. É legal ter este tipo de evento para estar divulgando uma música diferenciada, que mostra a nossa cultura aqui do nosso estado”.
Lívia Francisco, residente jurídico, veio ver a programação cultural da cidade e veio especialmente ver o Vozmecê. “Eu acho que é importante o Campão Cultural para agregar valor principalmente para os que fazem este trabalho autoral, é uma visibilidade muito grande para esses artistas e acho que é um incentivo muito grande para cada um deles para fazer com que a sua música circule e seja conhecida. É importante também não só para os músicos, mas para a gente conhecer esta cultura musical local, é muito importante para a gente”.
Texto: Karina Lima
Fotos: Altair Santos