A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) é a única representante de Mato Grosso do Sul no Senado Federal que ainda não assinou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ausência de posicionamento firme tem causado desgaste com a base bolsonarista, que pressiona a parlamentar a aderir ao movimento de afastamento do magistrado.
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Parlamentares e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro já articulam campanhas nas redes sociais cobrando um posicionamento mais claro de Soraya, que costuma evitar o assunto. Enquanto isso, os senadores Tereza Cristina (Progressistas) e Nelsinho Trad (PSD), também de Mato Grosso do Sul, já formalizaram apoio ao pedido de impeachment.
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Mesmo sem assinar o requerimento, Soraya reagiu a uma decisão recente de Moraes. Nesta quarta-feira (6), ela subscreveu um pedido para que o Senado analise, com urgência, as medidas cautelares impostas ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). As determinações incluem o uso de tornozeleira eletrônica, bloqueio de contas bancárias, proibição de uso das redes sociais, veto à comunicação com investigados, recolhimento domiciliar noturno e necessidade de autorização judicial para viagens.
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Para a senadora, as medidas interferem diretamente no exercício do mandato e violam a autonomia do Legislativo. Ela citou o artigo 53 da Constituição, que exige aval da Casa Legislativa para a imposição de restrições a parlamentares. “Essa não é uma questão de foro íntimo, nem de proteção pessoal. É a defesa do Parlamento e da soberania popular”, afirmou.
A manifestação, no entanto, não tem sido suficiente para conter as críticas. Nas redes, apoiadores de Bolsonaro seguem cobrando que Soraya “não se esconda” e se posicione a favor da destituição de Moraes, vista pela base como uma pauta prioritária.