O assassinato da sucuri Ana Júlia deixou fotógrafos e ambientalistas revoltados em Mato Grosso do Sul. O animal, que já foi até personagem de documentário, foi encontrado morto a tiros à beira do rio Formoso, em Bonito.
Cristian Dimitrius, fotógrafo e documentarista, compartilhou neste domingo (24) fotos da sucuri morta, expressando profundo pesar pela perda e indignação diante da crueldade humana.
Dimitrius, que tinha uma longa conexão com a cobra, a descreveu como uma presença familiar em suas filmagens na região de Bonito ao longo de quase duas décadas. Ana Júlia, como era carinhosamente chamada, foi batizada há cerca de 10 anos durante uma filmagem para a BBC.
“Apenas digo que isso não vai ficar assim”, declarou Dimitrius. “Vamos investigar e ir atrás dessa pessoa. Ela terá que prestar contas à justiça.”
O crime chocou também outras pessoas que acompanhavam as aparições do animal. Ana Júlia havia se tornado uma espécie de celebridade local, contribuindo para pesquisas sobre sua espécie e protagonizando momentos únicos de interação com cinegrafistas.
A indignação com o crime ambiental levou seguidores a compartilhar suas preocupações e pedir justiça pela rainha do rio Formoso. “Essa sucuri foi personagem de vários documentários e foi morta por um estúpido sem noção. Que época vivemos onde esses crimes ainda ocorrem?”, questiona um seguidor.