Campo Grande, 30/06/2023 às 10:59
Buscando fortalecer cada vez mais a educação especial na Rede Municipal de Ensino (Reme), a Prefeitura de Campo Grande promoveu um intercâmbio de experiências sobre o assunto, com professores especialistas da cidade de Winnipeg, Canadá. O encontro aconteceu no dia 22 deste mês, na live Intercâmbio de Experiências.
Representando Campo Grande, a professora Dra. Tânia Maria Filiú de Souza foi a mediadora do encontro, além do secretário municipal de Educação, Lucas Henrique Bitencourt. Do Canadá, participaram do encontro os palestrantes, o professor Adam Dyck, diretor da escola École Robert H. Smith School e a Professora Ma. Rute de Oliveira Mendes, que trabalha na Winnipeg School Division dentro da Inclusion Support Teacher (Curriculum).
Segundo Tânia, a Semed é pioneira nessa troca de experiência e a live foi um momento de interação e diálogo com os profissionais que atuam com e na inclusão escolar em Campo Grande e no Canadá, a partir de contextos específicos. “A troca trouxe para o diálogo diversos questionamentos, dentre eles a validade e o aproveitamento das experiências de mobilidade profissional, os resultados e impactos da inclusão escolar, o que contribuiu para o enriquecimento e o engrandecimento desta troca de experiências”.
De acordo com o secretário Lucas Bitencourt, o momento é de aprendizagem. “A live serviu para avançarmos ainda mais na educação especial e contribuiu para melhorarmos o atendimento com os nossos alunos e servidores, no que podemos agregar na nossa educação, que já é referência”.
Durante a live, Adam falou sobre como é feita a inclusão dos alunos com deficiência nas escolas do Canadá. “Na escola são dois grupos de suporte, sendo um que é o clínico e o outro suporte de inclusão, além dos professores de recursos que ficam na própria escola. Quando o aluno já chega com o laudo específico da deficiência ele terá o suporte do time pedagógico. Quando o aluno não tem laudo e o outro time identifica algo, ele terá este suporte, sendo encaminhado para os profissionais necessários”.
De acordo com Professora Rute de Oliveira, a troca de experiência entre professores de diferentes países ajuda na aprendizagem no geral. “Assim como no Brasil, aqui também temos uma população muito carente, constituída por indígenas, refugiados e imigrantes. Eu acredito que os educadores brasileiros podem aprender muito sobre como o uso de diferentes dados pode influenciar as metodologias e as formas de avaliar os alunos. Ao mesmo tempo, o brasileiro tem uma capacidade incrível de acolher e engajar o aluno, o que aqui não acontece da mesma forma”.
Em Campo Grande, as escolas municipais têm sala de recursos multifuncionais, que realizam atendimento no contraturno, assistentes educacionais inclusivos que possuem graduação em pedagogia e pós-graduação em educação especial e técnicos da educação especial que dão suporte às escolas, onde os alunos com deficiência estão matriculados. “Os alunos têm em sala o professor regente e também, o professor de apoio. A Semed dá todo suporte ao aluno com deficiência, com orientação da direção da unidade escolar, equipe técnico-pedagógica e professores que passam periodicamente por formações continuadas”, acrescenta Tânia.
Fonte: CGNotícias