'Tudo o que eles podiam fazer de mal contra mim, já fizeram', dispara PX

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'Tudo o que eles podiam fazer de mal contra mim, já fizeram', dispara PX

Paulo Roberto Xavier, pai de Matheus Coutinho Xavier, diz que não tem medo de enfrentar Jamil Name Filho no tribunal porque o pior já aconteceu. “Tudo o que eles podiam fazer de mal contra mim, já fizeram”, enfatiza ele, que chegou a prestar depoimento nesta segunda-feira (17).

Sobre as tentativas de adiar e anular o julgamento, PX alegou que isso ocorre porque a condenação é certa. Também acusou a família Name de encabeçar organização criminosa especialista em homicídios e destacou acreditar “que a sociedade sul-mato-grossense está se livrando desse domínio, desse estado paralelo, que subjugava as autoridades e causava mal a muitas pessoas”.

“Quem não deve não teme. Eu sou o pai de Mateus, estou aqui, a mãe de Mateus, com muito sofrimento, está aqui, e onde está a família dos assassinos? Por quê? Porque eles sabem que foram eles”, alega.

“Outro ponto a ser observado é que todos os advogados do Estado que assumiram a defesa de Jamil Name Filho foram saindo, um a um. Por quê? Porque eles sabem que ele é perigoso, que ele é assassino e que nesses quatro anos ele teria matado muito mais. Eles tiveram que contratar pessoas de outros estados por milhares de reais”, complementa.

Morte de Matheus Xavier

Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios são julgados como mandantes da morte de Matheus Xavier Coutinho, 17 anos. Ele teria sido assassinado por engano, no lugar do pai, o ex-policial militar Paulo Roberto Xavier.

Juanil Miranda Lima e José Moreira Freires, o Zezinho, seriam os executores do plano. A briga entre a família Name e Paulo Xavier, também conhecido como PX, ocorreu porque o ex-policial trabalhava para os acusados, mas depois foi fazer segurança para o advogado Antônio Augusto.

A família Name, então liderada por Jamil Name, falecido aos 82 anos, teria rixa com Antônio Augusto por conta da titularidade da Fazenda Figueira, em Bodoquena, que tem alto valor financeiro. Ele fez a transferência da propriedade para Associação das Famílias para Unificação da Paz Mundial.

PX chegou a dizer que foi intimado a deixar a cidade antes da morte de Matheus, por ter se tornado inimigo do clã Name. Durante a investigação, os policiais descobriram que um técnico de informática atuou como ”hacker” e ajudou a monitorar Paulo Roberto em tempo real por vários dias.

No final da tarde de 9 de abril de 2019, os executores viram uma caminhonete S-10 sair da garagem da casa e abriram fogo, inclusive com uma metralhadora AK-47. Ao invés do pai, Matheus dirigia o veículo para buscar o irmão na escola.

O rapaz foi baleado e socorrido por Paulo Roberto. Ele viu uma equipe do Corpo de Bombeiros atendendo um acidente de trânsito na Avenida Mato Grosso e gritou por socorro. Matheus foi levado para a Santa Casa, mas não resistiu.

Mais três réus deveriam participar do julgamento. Jamilson Name, que morreu no Presídio Federal de Mossoró, RN, por problemas de saúde, e Zezinho, que faleceu em confronto policial. Juanil é considerado foragido.

A acusação é formada pelos promotores Luciana do Amaral Rabelo, Moisés Casarotto, Gerson Eduardo de Araújo e Douglas Oldegardo. Mãe de Matheus, a advogada Cristiane Almeida Coutinho atua como assistente de acusação no processo.



Fonte: Top Mídia News