Unidades da SAS intensificam ações de conscientização no mês de combate à exploração sexual infantil

0
56
Unidades da SAS intensificam ações de conscientização no mês de combate à exploração sexual infantil

Oficinas educativas, atividades culturais, palestras e panfletagens estão mobilizando as unidades da Secretaria Municipal de Assistência (SAS) para marcar o mês nacional de Combate ao Trabalho Infantil, o Maio Laranja. Coordenadas pelos três Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Capital, as atividades envolvem crianças e idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos Cras, Centros de Convivência e Centros de Convivência do Idoso.

De acordo com a gerente da Proteção de Média Complexidade, Mayza Reis, a campanha “Faça Bonito, Proteja Nossas Crianças e Adolescentes”, tem como objetivo sensibilizar a população a ficar atenta e contribuir denunciando por meio do disque 100, uma das ferramentas para denunciar o crime de abuso, violência e exploração sexual de crianças e adolescentes. O serviço funciona 24 horas e as ligações podem ser feitas de todo o Brasil, através de discagem direta, gratuita e anônima.

A gerente também destacou que o tema é trabalhado durante todo o ano nas unidades da SAS e que no mês de maio as ações buscam reforçar o planejamento anual. “É um momento em que podemos conversar com as famílias de forma mais próxima e detalhada, por meio de palestras com profissionais”, disse.

Uma das ações inéditas realizadas foi organizada pelas equipes do Cras Vila Gaúcha, Centro de Convivência Tijuca e o Instituto de Desenvolvimento Evangélico, que é uma Organização da Sociedade Civil (OSC), referenciada pelo Cras. A ação aconteceu no Terminal Aero Rancho e reuniu um grupo de pelo menos 20 técnicos que, além da entrega de folders informativos, fizeram intervenções no interior dos ônibus contando relatos de abusos em voz alta para os passageiros. As histórias, de várias partes do país, eram  narradas sem identificar as vítimas. A coordenadora do Cras Vila Gaúcha, Léia Guimarães explicou que a ideia era impactar as pessoas, chamando atenção para o tema.

“Geralmente a pessoa joga o panfleto na bolsa e não presta atenção na mensagem, por isso pensamos em pegar relatos verídicos de pessoas que passaram por situações de abuso, causando um impacto maior e sensibilizando para um tema tão delicado”, pontuou.

A ideia atraiu curiosos, como a universitária Carolina Cruz, de 21 anos. “Acho que essa ação deve ser feita mesmo. Conscientizar a sociedade e levar a informação é o caminho certo para acabar com o abuso de crianças e adolescentes. Sou estudante de Psicologia e vejo que esse assunto deve sim, ser prioridade”, afirmou.

A abordagem em terminais do transporte coletivo também foi adotada pelas equipes do Creas Sul, que ainda divulgaram a campanha no Parque Ayrton Senna, semáforos e na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Tiradentes.

Bate papo e atividades recreativas

Nos Cras Moreninhas e Tiradentes, palestras com profissionais de diversas áreas como Segurança Pública, Saúde e Educação foram o foco das ações. Uma roda de conversa organizada pela unidade envolveu a psicóloga Munira Zaher Kadi e as crianças do Serviço de Convivência do Cras Moreninhas e da escola estadual “Arlindo de Sampaio Jorge”, vizinha do Cras.

No Cras Tiradentes, a psicóloga Jacqueline Máscoli também conversou com o grupo e abordou o tema da saúde mental, coordenado pelo Núcleo de Apoio às Famílias (Nasf) Tiradentes. “Sei que existem alguns tabus, mas a gente não pode deixar de falar sobre esse assunto. É muito pior a criança aprender de outra forma. Se eles estão bem orientados, vão saber diferenciar o abuso de um carinho e nós temos que fortalecer essa segurança e auto estima para que ela não seja uma vítima”, frisou a psicóloga.

Já no Centro de Convivência Itamaracá, parceria com a USF Cristo Redentor possibilitou a presença de profissionais da saúde nas ações e no Cras Moema, as equipes investiram em atividades artísticas onde as crianças, por meio de desenhos e bonecos, aprenderam sobre as partes do corpo onde não devem ser tocadas.

“Preparamos um momento educativo e que oportunizou às famílias da nossa unidade a estarem sempre atentas e informadas sobre tudo o que tem acontecido em relação às crianças e adolescentes. Nesse projeto pudemos realizar atividades de conscientização com nossas crianças durante toda a semana, instruindo com amor, cuidado e os ensinando a confiar nas pessoas certas e a buscar ajuda sempre que for preciso”, concluiu a coordenadora do Cras Moema, Lindaura da Paz.

Fonte: CGNotícias