Com objetivo de desenvolver a concentração e o raciocínio lógico das reeducandas do Projeto Xadrez que Liberta Internacional traz em seu jogo o famoso “xeque-mate”, uma jogada utilizada pelos atletas que serve como inspiração para atitudes na vida, que é desenvolvida EPFCAJ (Estabelecimento Penal Feminino “Carlos Alberto Jonas Giordano”), em Corumbá.
O projeto Xadrez que Liberta Internacional é resultado de uma parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), por meio da equipe do presídio, o professor de Xadrez Augusto Samaniego e o juiz corregedor da unidade, Idail Toni Filho.
O Projeto “Xadrez que Liberta Internacional” retornou com as aulas ao Estabelecimento Penal Feminino “Carlos Alberto Jonas Giordano” no dia 26 de fevereiro de 2024, neste formato Internacional além das brasileiras, tem internas mexicanas, equatorianas e bolivianas, onde o policial penal administrador do presidio Jefferson R. A. de Oliveira articulou para a implantação do xadrez, e com apoio total da diretora Lucelia Mendonça Rivero e equipe, encaminhou toda a documentação ao Juiz de Direito Dr. Idail De Toni Filho da 1ª vara criminal da Comarca de Corumbá e corregedor dos presídios de Corumbá, que autorizou a execução.
São dezesseis internas que participam do projeto, e o objetivo é participar de campeonatos fora dos muros da prisão, em especial o Campeonato Estadual Feminino da Federação Sul-Mato-Grossense de Xadrez – Fesmax. O treinamento é realizado em duas turmas de oito internas em cada. As aulas são às quartas feiras, das 9h às 11h, e às quintas feiras, das 14h às 16h.
Segundo a diretora do presídio, a policial penal Lucélia Mendonca Rivero, reforçando que a prática também reflete no bom comportamento das reclusas “O jogo de xadrez traz inúmeros benefícios para as internas que estudam na unidade penal, desenvolve o raciocínio lógico, aumenta o nível de concentração e é um excelente suporte pedagógico, já que se relaciona com diversas disciplinas como Matemática, Artes, História e Geografia, além da Ética”,.
De acordo com o policial penal administrador do presidio Jefferson R. A. de Oliveira “Elas buscam mais educação, não só o xadrez que dá concentração, memorização e atenção para tomada de decisões, e também utilizar com educação e trabalho prisional”, encerrou.
Segundo o colunista e professor Augusto Samaniego, o objetivo é estimular a terem raciocínio e concentração, e representa um passatempo, uma forma de ocupação produtiva que as ajuda a enfrentar o dia-dia na prisão.
Além do desenvolvimento de quem o pratica, seja na forma de pensar ou no comportamento individual, o projeto de xadrez garante às custodiadas a redução de pena, estabelecida por critérios autorizados pelo juiz, conforme a Lei de Execução Penal, e a cada um ano de participação elas recebem dez dias de remição.
Iniciativas como o “Xadrez que Liberta Internacional” são exemplos concretos de como o esporte pode desempenhar um papel transformador. Além de estimular o desenvolvimento intelectual, a prática também promove a socialização, contribuindo para um ambiente mais harmonioso dentro do sistema prisional.
“Com os avanços alcançados até aqui, o projeto reforça à importância de iniciativas que valorizem o potencial humano e apostem na educação e no esporte como ferramentas de inclusão e transformação social. Assim como no tabuleiro de xadrez, cada movimento rumo ao futuro importa”, finaliza a diretora do presídio.
Com assessoria