O governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, determinou o afastamento imediato dos policiais militares envolvidos em caso de violência registrado no atendimento de ocorrências, em Delegacia de Bonito.
Para o governador, ainda que tenha havido ocorrência de desacato e agressões aos policiais, são inadmissíveis a violência extrema e a conduta empregada na ação policial. O caso, segundo nota oficial, está sob rigorosa investigação, em Inquérito Policial Militar – IPM.
O caso
Imagens de circuito interno flagraram um policial militar agredindo com chutes e socos uma mulher algemada. O caso aconteceu no dia 26 de setembro na cidade de Bonito que fica a 247 quilômetros de Campo Grande, porém o vídeo só foi divulgado agora.
No vídeo, o PM aparece pressionando a mulher contra a parede e, quando ela tenta se defender sem sucesso, acaba sendo agredida com tapas e chutes. Enquanto as agressões acontecem, os outros policiais, apenas olham a violência. A agressão só tem fim quando uma mulher da equipe de policiais contém o agressor.
Ainda de acordo com a polícia, a prisão se deu por ameaça, desacato e embriaguez. No registro policial as agressões sofridas não foram registradas.
Posicionamento da Polícia Militar
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) emitiu uma nota sobre as agressões que uma mulher, de 44 anos, sofreu dentro da delegacia de Bonito, que fica a 297 km de Campo Grande. Nela diz que a mulher estava embriagada e teria se exaltado contra os PMs.
A mulher foi detida por uma equipe policial, depois de ter causado uma confusão em um restaurante do município. Ela é suspeita de cometer os crimes de “desacato, danos ao patrimônio, ameaça, resistência à prisão e embriaguez”, diz a nota. Ela teria “supostamente”, ameaçado atear fogo no local, ameaçado de morte os proprietários e quebrado garrafas dentro do estabelecimento comercial.
A PM afirmou que durante a confecção do Boletim de Ocorrência, a suspeita teria se exaltado contra os policiais, que precisaram a algemar e mantê-la dentro do compartimento para condução de detidos. Quanto às agressões, a PM disse que identificou os policiais envolvidos e determinou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar os fatos.