Falar em terrorismo na tríplice fronteira é arrumar confusão. Uns dizem que é estratégia para esvaziar o turismo das belas cataratas brasileiras e argentinas, outros garantem que tem muito treinamento de “homem-bomba” por ali. Mas uma coisa é fato: pelo menos agora, tanto DEA (Drug Enforcement Administration – agência de combate ao narcotráfico norte-americana) quanto o FBI (Federal Bureau of Investigation – serviço de inteligência dos Estados Unidos) estão instalados – e bem – na nossa região, em cooperação direta com a Polícia Federal e outras forças de inteligência brasileira. Motivo? O PCC (Primeiro Comando da Capital).
Além de dominar o crime organizado em quase todo o País, a presença do PCC em outros países é o que gerou o alerta internacional. E tem gente que ainda acha que seu “poder de fogo” se restringe a ditar rebeliões em cadeias.
O reconhecimento do envolvimento da facção com células terroristas como Hezbollah trouxe para a região da tríplice fronteira – Brasil, Paraguai e Argentina – esses (e outros) organismos americanos para investigar esse enraizamento e suas possíveis parcerias.
Questões como estas vêm sendo alertadas nos últimos meses pelas forças de inteligência nacionais e internacionais.
Os Estados Unidos atuam de forma mais incisiva com agentes da agência DEA, do FBI (Federal Bureau of Investigation) e do serviço antiterrorismo.
Com a aquisição de novas armas, alavancadas pela troca de informações com essas células terroristas, o PCC está aumentando sua capacidade bélica para as já famosas guerras entre facções. Em troca seguem as drogas que ajudam a bancar o terrorismo.
Quem são
Isso tudo teria como contribuição o fato de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, o grande líder do PCC, ter pais bolivianos, de Santa Cruz de La Sierra. Marcola teria então acesso privilegiado à cocaína produzida na Bolívia, enviando-a para os Estados Unidos, para a Europa e o Oriente Médio. Algumas dessas rotas seriam controladas apenas pelo PCC e outras pelo PCC em parceria com o Hezbollah.
“Há uma presença massiva de forças antiterrorismo na região da tríplice fronteira, tanto do DEA, quanto do FBI quanto do serviço antiterrorismo pela possível ligação do financiaram do terrorismo pelo tráfico de drogas. Há a capitalização a partir do tráfico (…) Eu entendo o PCC como um grupo de terrorismo. A morte dos agentes penitenciários em Cascavel foi para desestabilizar as estruturas do Estado. Quem faz isso é uma organização terrorista que precisa ser combatida”, declarou, com exclusividade ao Jornal O Paraná, o delegado-chefe da Delegacia da Polícia Federal em Cascavel, Marco Smith. Que avisa: “O PCC é uma empresa multinacional do crime”.
Fonte: O Paraná