Durante o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) na última terça-feira (20), o advogado Alexandre Ávalo Santana, defensor da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e da vice-prefeita Camilla Nascimento (Avante), destacou que o vídeo apresentado pela acusação foi editado, omitindo partes cruciais do depoimento de Sebastião Martins Vieira, conhecido como “Tião da Horta”. Segundo Ávalo, no trecho completo, Tião solicita votos para Rose Modesto (União), adversária de Adriane no segundo turno das eleições de 2024.

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Em sua sustentação, Ávalo destacou contradições no depoimento do principal denunciante, Sebastião Martins Vieira, o “Tião da Horta”. O advogado afirmou que o vídeo usado para sustentar a acusação foi editado e que, no conteúdo original, Tião aparece pedindo votos para a candidata adversária, Rose Modesto (União Brasil), dias antes da eleição.

“Percebam que foi editada uma parte do depoimento. Neste mesmo depoimento, foi juntado pela defesa o áudio em que o Tião da Horta pede votos para a adversária da prefeita e da vice, Rose Modesto. Isso causa perplexidade”, afirmou Ávalo. “Seria muito fácil, na verdade, qualquer inconformado criar cenários de compra de votos justamente porque não se conforma com a iminência de um resultado desfavorável.”

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O advogado também ressaltou que o juiz de primeira instância considerou o depoimento de Tião “impreciso” e recomendou que fosse tomado com ressalvas. “O depoimento não revela qualquer ligação entre as investigadas e os supostos valores mencionados. É uma narrativa frágil, baseada em ilações e manchetes”, pontuou.

Ávalo frisou a importância da eleição analisada: “Essa não é uma demanda eleitoral qualquer. É uma ação que pretende cassar o mandato da prefeita de uma capital. Tivemos uma eleição legítima, com três candidatos competitivos, e um segundo turno com uma diferença de 12 mil votos. Isso precisa ser respeitado.”

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A defesa sustentou que não há prova robusta de participação direta, indireta ou anuência de Adriane e Camila nos fatos apontados. “As provas são frágeis, os depoimentos inconsistentes e não há qualquer elemento que demonstre envolvimento das investigadas. Este caso representa uma tentativa de subverter, por vias transvestidas, a soberania da vontade popular expressa nas urnas”, concluiu.

Ao final, Ávalo pediu que o TRE-MS mantenha a decisão de primeira instância que julgou improcedente a ação, destacando que “a manutenção da sentença será um sinal de respeito à democracia, à legalidade e ao voto popular”.

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O julgamento foi adiado para a próxima terça-feira, dia 27 de maio, devido a pedido de vistas do juiz eleitoral Márcio de Ávila Martins Filho.

 

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