O Detran-MS comentou sobre segunda fase da Operação Gravame, da Polícia Civil, que mira servidores suspeitos de corrupção em Mato Grosso do Sul. O Departamento diz que essa investida é fruto de apuração iniciada pela Corregedoria do órgão.
A primeira investida da Polícia Civil ocorreu em 14 de junho deste ano, feita pela polícia em Bela Vista. A operação desta quarta-feira (12), diz o Detran, é um desdobramento dos trabalhos.
A Polícia Civil investiga crimes em Ponta Porã e também tem alvos em Campo Grande e Dourados. A Justiça autorizou busca e apreensão e pedidos de afastamentos de servidores envolvidos.
O órgão destaca que a Corregedoria iniciou as apurações há cerca de dois anos e, assim que surgiram indícios de irregularidades, o caso foi enviado à quem de direito, que é a Polícia Civil, que abriu inquérito.
Ainda segundo a nota, o Departamento ressalta que os servidores ativos suspeitos de crimes sofrerão processos administrativos, além da investigação policial.
”Mais uma vez o Diretor-Presidente do Detran-MS, Rudel Trindade, reafirma que não compactua com nenhum tipo de irregularidade praticada por servidores do órgão ou agente externo, e que os envolvidos devem ser punidos com o rigor da lei”.
Gravame
A Operação Gravame, deflagrada em 14 de junho, apontou uma servidora do Detran de Bela Vista suspeita de receber propina para a realização de transferências irregulares de veículos.
A apuração diz que automóveis e caminhões, que em sua maioria eram oriundos de outros Estados da Federação, eram encaminhados para transferência de UF ou de propriedade na Agência de Trânsito de Bela Vista, e, em seguida, com a participação da servidora, tinham os cadastros alterados, mesmo sem nunca terem circulado e nem terem sido apresentados para vistoria.
Outra fraude constatada foi a transferência de carretas para a inclusão fraudulenta do 4º eixo nas especificações do veículo, trâmite que, normalmente, depende até mesmo de um engenheiro e de aprovação pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Apenas em um período de oito meses, a suspeita teria movimentado mais de R$ 200 mil e recebeu pouco mais de R$ 30 mil como remuneração no mesmo período.
Além da servidora do Detran, são alvos dos mandados de busca e apreensão ao menos quatro despachantes que são suspeitos de enviarem valores para que a funcionária realizasse os procedimentos ilegais.
Fonte: Top Mídia News