Na manhã desta terça-feira (29), o GAECO/MS (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Antivírus com o objetivo de dar cumprimento a 9 mandados de prisão preventiva, 3 mandados de prisão temporária e 29 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, da comarca de Campo Grande.
A operação tem como foco apurar a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com investigação que teve início em 2015 e tem como objeto contratos celebrados entre empresas da área de tecnologia da informação/informática e o Poder Público Estadual.
Foram presos temporariamente:
1) Ary Rigo – suspeito da prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção face a sua ligação com a empresa DIGITHOBRASIL (nome fantasia DIGIX), a qual, ao longo dos últimos anos, celebrou contratos de informática com o Poder Público Estadual, que lhe renderam considerável recebimento de dinheiro público.
2) Jonas Schimidt das Neves, sócio da empresa DIGITHOBRASIL e seu secretário Claudinei Mastins Rômulo.
Foram presos preventivamente:
1) José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga e Anderson da Silva Campos, sócios e ex-sócio da empresa PIRÂMIDE INFORMÁTICA;
2) Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, servidor público estadual lotado na Secretaria de Governo do Estado de Mato Grosso do Sul;
3) Gerson Claro Dino, Donizete Aparecido da Silva, Erico Mendonça, Celso Braz de Oliveira Santos e Gerson Tomi, todos integrantes do DETRAN de Mato Grosso do Sul, ocupando os cargos de Diretor-Presidente, Diretor-Adjunto, Chefe de Departamento, Diretor de Administração e Finanças e Diretor de Tecnologia, respectivamente.
Foram alvo de busca e apreensão:
1) os gabinetes dos diretores do DETRAN presos nesta data;
2) a residência e o gabinete de trabalho de Luiz Alberto de Azevedo, lotado na Secretaria de Governo de Mato Grosso do Sul;
3) a residência e o gabinete de Parajara Moraes Alves Júnior, lotado no Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul,
4) as empresas DIGITHOBRASIL, A3A (nome fantasia Digitec) e M3M (nome fantasia Digitho), todas localizadas no mesmo endereço em Campo Grande;
5) a residência de Suely Aparecida Carrilhões de Almoas Ferreira, sócia da DIGITHO;
6) a residência de Claudinei Martins Rômulo;
7) a residência, propriedade rural e escritório de Jonas Schimidt das Neves;
8) a residência e no escritório de Ary Rigo;
9) a empresa M2 Comunicações LTDA. (nome fantasia PRODUTORA CASABRASIL);
10) PIRÂMIDE CENTRAL INFORMÁTICA e PIRÂMIDE DE CONTABILIDADE;
12) a residência de José do Patrocínio Filho,
13) a residência de Anderson da Silva Campos;
14) a residência de Fernando Roger Daga;
15) a residência e a empresa North Consult, ambas de propriedade de José Sérgio de Paiva Júnior;
16) a residência de Gerson Claro Dino;
17) a residência de Celso Braz de Oliveira Santos;
18) a residência de Gerson Tomi;
20) na empresa Master Case Digital Business LTDA.
Todos os mandados foram cumpridos e foram apreendidos cerca de 95 mil reais em posse de um dos alvos, além de milhares de documentos, computadores, notebooks, tabletes, e celulares de todos os alvos.
A Operação teve a participação de todos os Promotores de Justiça e policiais do GAECO, que contaram com o apoio também dos Promotores de Justiça da Capital e do interior do Estado, servidores do GAECO e da área de Tecnologia da Informação e Inteligência do Ministério Público Estadual.
As investigações continuarão em andamento, agora com foco na análise de todo o material apreendido e oitiva de todos os envolvidos.
Fonte: GAECO/MS