Morte de Karolina agrava situação de Messias; homicídios apresentam circunstâncias agravantes

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Morte de Karolina complica situação de Messias; assassinatos têm agravantes (vídeo)

 

A confirmação da morte de Karolina Silva Pereira, 22 anos, complicou a situação jurídica de Messias Cordeiro da Silva, 24 anos, que confessou a morte da jovem e do acompanhante dela, Luan Roberto de Oliveira, 25 anos, em Campo Grande. Agora, ele passa a responder por feminicídio e homicídio com diversos agravantes.

Luan morreu primeiro naquela madrugada de domingo (30), em frente a casa da acompanhante, na rua Enzo Ciantelli, no Colibri II. Já a jovem, recém-formada em técnica de enfermagem, foi baleada na cabeça e chegou em estado gravíssimo na Santa Casa, inclusive com perda de massa encefálica.

Segundo apurado junto ao hospital, um dia após a internação, Karolina entrou em protocolo de morte encefálica, confirmada pelos médicos 24 horas depois.

Karolina foi morta por emboscada junto do acompanhante. (Foto: redes sociais)

Agravantes

Inicialmente, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a DEAM, investigava o crime como tentativa de feminicídio. Conforme a delegada responsável pelo caso, Analu Lacerda Ferraz, disse ao TopMídiaNews, se Messias respondesse por tentativa de feminicídio, a pena seria reduzia de um terço a dois terços do previsto na Lei 13.104/15, de 12 a 30 anos.

Com o cenário atual, Messias – que confessou os crimes – vai responder da seguinte forma, em relação a Luan: homicídio qualificado pelo motivo fútil e pela emboscada e impossibilidade de defesa da vítima. A pena base para o crime é de seis anos a 20 anos de reclusão.

No caso de Karolina, o indiciamento deverá ser por feminicídio, emboscada e impossibilidade de defesa da vítima ‘’todos em concurso formal’’.

Ainda segundo Analu, a colheita de depoimentos segue para analisar se o assassino premeditou o crime, o que agravaria mais a situação. O TopMídiaNews apurou que o investigado alega ter agido sob forte emoção, ao ver a ex-namorada beijando Luan. Ele não aceitava o fim do relacionamento.

Messias se entregou dois dias após o crime e cumpre prisão preventiva. O espaço está aberto para manifestação da família do suspeito ou defesa dele.

Luan foi morto e colega dele vítima de feminicídio

Luan foi assassinado junto de Karolina, no Colibri II. (Foto: rede social)

O crime

A Polícia Civil apura a tese que Messias Cordeiro da Silva, 25 anos, estava separado de Karolina há cerca de um mês e não aceitava o fim do relacionamento.

O suspeito emboscou a ex-namorada e o acompanhante dela, Luan Roberto de Oliveira, 24 anos por volta das 2h50 de sábado (29), quando os dois chegavam na casa dela. Luan foi atendido, mas o Samu confirmou o óbito no local.

Karolina foi levada à Santa Casa, intubada e com exposição de massa encefálica. Ela tinha ferimentos no crânio e pescoço e ficou dois dias em protocolo de morte cerebral. O falecimento foi confirmado nesta terça-feira (2).

O sepultamento da vítima ocorreu na tarde desta quarta-feira (3), em Campo Grande. O padrasto dela, Luiz Henrique Azamor Torres, se emocionou ao lembrar do convívio com Karolina.

Fonte: Top Mídia News