Parceria: Governo Estadual e Federal ajudam indígenas a realizar o sonho da casa própria

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Casa própria é vitória para indígenas que lutam por melhor qualidade de vida

 

As moradias são construídas por moradores da aldeia que passaram por qualificação profissional.

 

O sonho de estudar e mudar de vida obrigou a jovem de 28 anos, Valquíria da Silva Canale, a deixar para traz suas raízes indígenas e se mudar para a cidade grande. Hoje, casada e mãe de três filhos, ela pretende terminar o curso de Pedagogia e não vê a hora de se mudar para casa nova que já está em construção.

 

Ela é uma das beneficiadas pelo Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) que está construindo 80 unidades habitacionais na aldeia Água Bonita, em Campo Grande. O empreendimento é uma parceria do Governos Federal e do Estadual, por meio da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab), e Município.

 

 

Valquíria não vê a hora de receber os amigos em casa e poder oferecer um local aconchegante.

 

As moradias são construídas por moradores da aldeia que passaram por qualificação profissional em razão de convênio entre o Governo do Estado e a Prefeitura. Os alunos realizaram cursos de pedreiro, servente, eletricista, azulejista, encanador e pintor e recebem um salário mínimo e cesta básica para trabalhar na obra.

 

“Eu não sei como agradecer por receber essa casa, toda mulher sonha em ter seu cantinho, sua família. Agora, meus filhos vão ficar protegidos, principalmente, em dias de chuva e frio”, diz a jovem emocionada que ainda revela que não vê a hora de receber os amigos em casa e poder oferecer um local aconchegante.

 

 

O PNHR está construindo 80 unidades habitacionais na aldeia Água Bonita, na Capital.

 

Com lágrimas nos olhos, Valquíria conta como foi sair de sua aldeia, no distrito de Taunay, em Aquidauana, e encarar os desafios da Capital. Apesar de ser considerada área rural, a aldeia Água Bonita está praticamente dentro da cidade. “Lá não tem muita opção de trabalho, o que resta é só a lavoura. Então, eu vim para cá para estudar Pedagogia, mas devido às dificuldades eu tive que trancar o curso. Mesmo com os problemas a gente consegue ser feliz, hoje eu tenho um marido que estuda Direito, tenho meus filhos e pretendo ainda finalizar meu curso, aliás foi para isso que eu me mudei para a Capital”.

 

Segundo dados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE, Campo Grande tem 5.598 pessoas consideradas indígenas. Já em Mato Grosso do Sul, os dados apontam 77 mil.