Reais, dólares, euros e libras: PF precisou de máquinas e horas para contagem de dinheiro apreendido na Capital

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A Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 1,6 milhão, dólares e até libras na casa de investigados na Operação Mineração de Ouro, deflagrada hoje (8), em Campo Grande. A batida policial visava apurar a prática dos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro e teve apoio da Controladoria-Geral da União e da Receita Federal do Brasil.

De acordo com a polícia, em um dos endereços foram apreendidos R$ 889.660,00, 7.272,00 dólares, 200,00 libras esterlinas e 4.500,00 euros. Em um segundo imóvel foram apreendidos R$ 729.600,00.

O montante apreendido foi tão alto que policiais precisaram de algumas horas e uso de máquinas contadoras de cédulas. A apreensão foi feita no começo da manhã e a contagem terminou começo da tarde.

As investigações tiveram início a partir de informações obtidas no âmbito da Operação Lama Asfáltica. Agentes da Receita Federal e Polícia Federal estiveram no Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, além desses outros dois lugares em Campo Grande. Segundo apurado, três conselheiros do TCE-MS estão sendo investigados: Ronaldo Chadid, Waldir Neves e Osmar Domingues Jeronymo.

Em razão da existência de autoridades com prerrogativa de foro, os elementos probatórios foram encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça – STJ, que autorizou a instauração de inquérito para apurar o possível envolvimento de membros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul nos crimes investigados.

A ordem era para cumprimento de  20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Sidrolândia e Brasília/DF. As ordens judiciais foram expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ.

Participam da operação 102 policiais federais, além de servidores da Controladoria-Geral da União e Receita Federal do Brasil. O nome da operação decorre de indícios de que a aquisição de direitos relacionados à mineração tenha sido utilizada para lavagem de dinheiro.