Vídeo: Presidente do TJMS ‘pede fim à esquizofrenia e palhaçada midiática fúnebre’; Bolsonaro reproduz imagens

Em posse na sexta-feira (22), o desembargador disse que considera como “irresponsável, covarde e picareta da ocasião aqueles que afirmam fiquem em casa”

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Em posse na sexta-feira (22), o desembargador disse que considera como “irresponsável, covarde e picareta da ocasião aqueles que afirmam fiquem em casa”.

Novo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desembargador Carlos Eduardo Contar, arrancou elogios do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta segunda-feira (25), Bolsonaro postou um trecho do discurso do magistrado, onde ele fez críticas sobre a política de isolamento social adotada inicialmente na pandemia. O juiz Carlos Eduardo classificou como picaretas, aqueles que acreditam na solução para a não disseminação do vírus.

“Voltemos nossas forças ao retorno ao trabalho, deixemos de viver conduzidos como rebanho para o matadouro daqueles que veneram a morte, que propagandeiam o quanto pior melhor, desprezemos, pois o irresponsável, o covarde e picareta da ocasião que afirma ‘fiquem em casa’, ‘não procurem socorro médico com sintomas leves’, ‘não sobrecarreguem o sistema de saúde’.”

No vídeo, o juiz de MS aparece sem máscara durante o discurso, que foi acompanhado por autoridades do Judiciário, Executivo e Legislativo do estado.

Ele também culpou a imprensa pelas notícias diárias sobre as mortes provocadas pela doença e categorizou como: “esquizofrenia e palhaçada midiática fúnebre”, ao passo que pediu aos trabalhadores para retornarem ao expediente.

“Mostremos nós, trabalhadores do serviço público, responsabilidade com os deveres e obrigações com aqueles que representamos, e por isto mesmo, retornemos com segurança, pondo fim à esquizofrenia e palhaçada midiática fúnebre, honrando nossos salários e nossas obrigações, assim como fazem os trabalhadores da iniciativa privada, que precisam laborar para sobreviver e não vivem às custas da viúva estatal, com salários garantidos no fim de cada mês.”

A Revista Fórum indicou o discurso do novo presidente do TJMS como “negacionista” e que “incita a população à desobediência dos decretos de isolamento social e ironiza a possibilidade de esgotamento de leitos para atendimentos de pacientes graves no sistema de saúde”.