Controle da peste suína africana na China segue complicado

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Os esforços da China para controlar a peste suína africana em seu rebanho de porcos seguem complicados, com 11 surtos tendo sido oficialmente reportados neste ano e com novas variantes do vírus também presentes, disse uma autoridade do Ministério da Agricultura do país nesta terça-feira.Pequim tem reconstruído seu rebanho de porcos desde que o vírus, inicialmente detectado na China em 2018, dizimou a produção de animais e de carne suína no principal mercado global.

Fontes do setor afirmaram que novos surtos foram detectados no Norte e Nordeste da China neste ano. A Reuters também noticiou que surtos foram verificados na província de Sichuan, no Sudoeste do país.

“A situação de controle e prevenção ainda é complicada, e a tarefa segue difícil”, disse Xin Guochang, autoridade do departamento de pecuária do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.

O risco de novos surtos persiste mesmo com a estabilização da situação geral da doença, afirmou Xin a jornalistas.

O rebanho de 439 milhões de porcos ao final de junho representa 99,4% do nível visto ao final de 2017 na China, com a criação de porcas matrizes atingindo 45,64 milhões de cabeças, 102% do nível ao final de 2017, disse Zeng Yande, chefe de desenvolvimento e planejamento do ministério, no mesmo evento.

A recuperação da produção de suínos resultou em um aumento do uso de milho, importante ingrediente de ração animal, e elevou os preços do grão, acrescentou Song Danyang –outra autoridade da pasta, em entrevista coletiva.

A peste suína africana (PSA) é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus composto por DNA fita dupla, pertencente à família Asfarviridae. A doença não acomete o homem, sendo exclusiva de suídeos domésticos e asselvajados (javalis e cruzamentos com suínos domésticos).

 

Fonte: Agência Brasil