Polícia Civil desmonta rede de pornografia infantil e leva 4 para a cadeia; entre eles professor e servidor público

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Rede de pornografia infantil que funcionava em Mato Grosso do Sul foi desmontada pela Polícia Civil em operação batizada de ”Deep Caught”, desencadeada na manhã desta quinta-feira (28), em Campo Grande, Bonito, Jardim e Cassilândia. Ao todo, seis mandados de busca e apreensão são cumpridos e quatro homens foram detidos em flagrante, na posse de materiais ilícitos que contém cenas de sexo com menores de idade. Entre os presos, estão professor de escola particular e servidor municipal.

De acordo com a delegada Marília de Brito, titular da Delegacia Especializada Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o esquema era investigado havia cerca de 4 meses, com base em elementos informativos coletados em ambientes virtuais.

Policiais apreenderam arquivos digitais (fotos, vídeos, documentos escritos) com cenas de estupro, envolvendo crianças a partir de 4 anos. “Qualquer ato libidinoso ou conjunção carnal com menor de 14 anos é considerado estupro de vulnerável. Na posse dos presos foram identificados armazenamentos e a maioria era compartilhada para outras pessoas. Não identificamos a produção pornográfica infanto-juvenil’, explicou a delegada.

Prisões

Em Campo Grande, foram presos dois homens. Um deles é professor de rede particular de ensino, de 35 anos, e o outro estudante de gestão comercial, de 32 anos. Em Bonito, foi detido um servidor público municipal, de 41 anos, e em Jardim técnico de comunicação, de 29 anos. Na cidade de Cassilândia foi cumprido um mandado de busca.

Segundo a delegada, os crimes de armazenamento e compartilhamento eram cometidos há pelo menos 6 anos. Todos os presos passarão por audiência de custódia amanhã, mas ela já entrou com pedido de conversão da prisão em flagrante para preventiva.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a pena para quem armazena conteúdo dessa natureza vai de 1 a 4 anos de prisão. Para compartilhamentos, a pena varia de de 3 a 6 anos e a produção de conteúdo com exploração sexual pode dar de 4 a 8 anos de detenção.

O nome da operação ”Deep Caught” refere-se ao trabalho investigativo realizado pela Polícia Civil no ambiente da DEEP WEB.

Laura Holsback