Polícia Civil derruba central de inteligência do PCC que planejava executar 12 agentes da segurança de MS

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OPERAÇÃO IMPETUS DA DECO DESARTICULA CENTRAL DE INTELIGÊNCIA DO PCC

 

A POLÍCIA CIVIL DO MS, através da DELEGACIA ESPECIALIZADA DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO – DECO, desencadeou logo no início da manhã de 20/02/2019 junto ao ESTABELECIMENTO DE SEGURANÇA MAXIMA de Campo Grande MS, a OPERAÇÃO IMPETUS que DESARTICULOU uma CENTRAL DE INTELIGENCIA DO PCC, montada no Presidio de Segurança Máxima desta capital e no PRESÌDIO ESTADUAL de DOURADOS MS, que já tinha como alvos certos para execução, 12 servidores da segurança pública do Estado.

 

A CENTRAL de INTELIGENCIA do PCC foi montada de forma compartimentada e reservada dentro da própria facção criminosa, onde presos com funções de liderança criminosa recrutaram internos integrantes do PCC distribuídos entre os sistemas fechado, aberto e semiaberto, bem como, alguns simpatizantes, repassando-lhes a missão, chamada por referidos de SALVE DO QUADRO, para que levantassem de forma sigilosa os mais diversos dados pessoais e profissionais em torno de servidores de segurança pública para que pudessem atentar contra a vida de referidos de forma eficaz e certeira, afrontando assim o ESTADO e suas forças de segurança pública e com objetivo de fortalecer a fação criminosa.

 

A investigação especializada desenvolvida pela equipe policial da DECO, nos últimos quatro meses, constatou que referida CENTRAL de INTELIGENCIA do CRIME ORGANIZADO foi montada especificamente para levantamentos de dados dos mais variados que levassem a identificação e localização exata de servidores de segurança pública, apurando-se então que os presos encarregados pela INTELIGENCIA do PCC utilizavam-se de técnicas avançadas e atuais, com pesquisas aprofundadas em diversas fontes, dentre elas, redes sociais (utilizando-se de facebook, instagram, twitter, snapchat, bem como, fontes oficiais, dentre elas, cadastros de dados publicados em páginas oficiais nos mais diversos órgãos públicos e inclusive, junto as publicações funcionais elencadas em diários oficiais, desde dados funcionais, qualificação completa, escalas de serviço, remoções e até mesmo promoções funcionais, quando então, os integrantes encarcerados repassavam de forma sigilosa e reservada  os dados produzidos para integrantes que encontram-se evadidos e/ou em liberdade condicional a missão de continuar com os levamentos de campo desenvolvidos a partir do que haviam levantado nas mais diversas fontes., quando esses internos escalados extra muros passavam a acompanhar, inclusive com fotos e vídeos, os servidores de segurança pública marcados como alvos, juntamente com familiares, parentes, amigos colegas de profissão, acompanhando minuciosamente a rotina diária, locais frequentados, residências, veículos utilizados, trajetos de deslocamentos e horários vulneráveis,

Após o monitoramento dessa engenharia criminosa durante esses quatro meses de investigação a cargo da DECO, a ação criminosa foi neutralizada no dia de hoje em torno dos internos responsáveis pela CENTRAL DE INTELIGÊNCIA do PCC, visto que foi possível visualizar que no último mês, as ordens para a INTELIGENCIA DO PCC se intensificaram, demonstrando levantamentos cada vez mais audaciosos em torno de servidores de segurança pública por parte dos internos encarregados da missão secreta e reservada, sendo possível afirmar que a ação criminosa orquestrada pela FACÇÃO CRIMINOSA PCC se daria nos próximos dias, tendo como alvo certo, 12 (doze) servidores de segurança pública identificados e que seriam potenciais vítimas do crime organizado exclusivamente pela função que exercem junto a segurança pública e tratados pelo PCC como OPRESSORES da IRMANDADE.

 

Ação criminosa semelhante a desarticulada pela DECO na data de hoje já havia sido instalada em outros Estados, resultando na execução e morte de três servidores de presídios federais, onde a mesma facção criminosa hoje reprimida no Estado do MS, se utilizou de CENTRAL DE INTELIGENCIA, com contratação inclusive de detetive particular para acompanhamento da rotina dos servidores públicos.

 

A investigação também já materializou que a referida CENTRAL DE INTELIGENCIA DO PCC no estado do MS estava a cargo de VINTE PRESOS do sistema penitenciário estadual, integrantes da facção, sendo que as ordens estavam sendo emanadas de forma compartimentada a ponto dos integrantes encarregados dos levantamentos em torno dos servidores não terem acesso as missões dos outros grupos de levantamentos a cargo do CRIME ORGANIZADO, apurando-se ainda que toda a ação criminosa nos moldes da que vinha sendo executada foi toda orquestrada de forma dissimulada pelas consideradas mais altas lideranças do PCC no MS e que optaram por agir através de uma CENTRAL DE INTELIGENCIA DO CRIME visando evitar repressão aos mesmos, caso fossem descobertos e o crime desarticulado, tentando interromper ou prorrogar possíveis transferências para estabelecimentos prisionais com regime disciplinar diferenciado.

 

Foram escoltados para a sede da DECO os presos Augusto Macedo Ribeiro – o vulgo ABRAAO, Laudemir Costa dos Santos; o vulgo DENTINHO, Willyan Luiz de Figueiredo; o vulgo DANIEL, custodiados no PRESIDIO DE SEGURANÇA MAXIMA CG MS e ainda Diego Duveza Lopes Nunes,  o vulgo PITBULL e Wantensir Sampatti Nazareth – o vulgo INVERNO que vieram remanejados da PED de DOURADOS, todos com função de liderança e responsáveis pela CENTRAL DE INTELIGENCIA DO PCC, os quais serão interrogados e indiciados pelo crime de AMEAÇA e ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA em inquérito policial da DECO que resultou na OPERAÇÃO IMPETUS da DECO, que tem por significado, CONTRA ATAQUE.